17 de setembro de 2009

As “teorias da conspiração”

Como percebeu pela notícia de ontem, existem várias teorias sobre o que realmente aconteceu. O jornal Expresso apresentou mais algumas, de forma sintetizada, e eu acrescentei mais alguns motivos:
  • O Sócrates pediu e a TVI fez-lhe a vontade
  • Sócrates não pediu, a TVI entendeu que o poderia agradar, e concedeu-o
  • O PSD, convencendo a TVI a acabar com o “Jornal de Sexta”, atribuiria as culpas ao PS e assim Manuela Ferreira leite ganhava as eleições
  • A PRISA gastaria muito dinheiro com jornalistas processados, acrescentando a sua dívida
  • A administração da TVI pretendia ter um jornal uniforme
  • José Eduardo Moniz combinou tudo com Nuno Vasconcelos: a mulher ia-se embora e as acções da Media Capital desciam. Assim, ele poderia comprar novamente o canal de Queluz – o que faz sentido, porque a Impresa subiu automaticamente 8% nas acções, após um dia
  • As provas apresentadas no Jornal eram forjadas, e poderiam ir a tribunal, arruinando tudo, caso Manuela continuasse com a sua polémica
  • A PRISA tem sondagens que indicam a vitória do PSD; se despedissem Moura Guedes a culpa seria automaticamente do PS, e assim iriam ficar mais próximos do governo seguinte, que poderia ajudar com a sua dívida
  • Consideravam um programa que causava muitos escândalos, acabando com ele

Agora escolha. Eu tenho uma opinião muito mais retorcida. A PRISA viu que, acabando com este jornal, muitos directores, jornalistas, comentadores se iriam despedir. Assim, as próximas direcções teriam salários muito menores, fazendo aumentar os lucros da empresa.

O que não me parece mau de todo. Vasco Pulido Valente deixou de colaborar com a TVI, onde comentava neste jornal e noutro programa da TVI24.

Admitiu, ao Expresso, que saiu por solidariedade à pivô de informação. "Os motivos são evidentes. Penso que, a dias das eleições, o que se passou é muito grave para a democracia portuguesa", referiu.

Também foram auto-despromovidos os directores, e subdirectores de Informação e Redacção do canal. O novo director já foi escolhido, em breve falarei nele, Júlio Magalhães.

16 de setembro de 2009

Pagando o pato!

A “isenção” da PRISA

Afinal, uma teoria, fornecida por fontes da estação, é que a decisão de suspender o "Jornal Nacional de Sexta" foi tomada pelo presidente da PRISA, em Espanha, e comunicada naquela manhã à administração. O novo director-geral Bernardo Bairrão ainda terá tentado convencer a PRISA a não suspender.

Contudo, e como já tinha informado anteriormente, a PRISA negou-o. Este post é para dar mais detalhes sobre este descarte de culpa sobre a decisão.


À Agencia Lusa, a fonte oficial da PRISA afirmou que a suspensão “se insere no âmbito da gestão da direcção da cadeia [de televisão] e com o envolvimento da Direcção Geral da Media Capital”. Acrescentou ainda que “quando se coloca à frente de uma empresa uma equipa de direcção temos que respeitar a sua decisão”.

Sublinhou que seria impensável considerar que todas as decisões tomadas pelas empresas do grupo tivessem que ser de algum modo autorizadas em Madrid, frisando que a posição a tomar é a de " respeitar e confiar nas decisões das suas equipas de gestores, neste caso da TVI e da Media Capital". Afirmou também que " depois, a nível interno, há uma cadeia de comunicação, mas as decisões não são tomadas com consultas prévias”.

Também foram negadas as notícias de que o Conselheiro Delegado da PRISA se tenha envolvido no caso, insistindo que o grupo "respeita a independência de gestão" de todas as suas empresas, ilibando assim Juan Luis Cebrián. Afirma ainda que Cebrián apenas “tem o papel de marcar as directrizes gerais da empresa, definir por exemplo se vamos ou não reforçar a presença neste ou naquele país” e que quando “há uma empresa [Media Capital] que tem uma direcção-geral e um conselheiro delegado, são eles que gerem essa companhia”.

Ainda outras fontes do grupo PRISA que foram contactadas manifestaram-se surpreendidas pela reacção tomada perante uma "decisão normal na gestão do dia-a-dia da empresa".

No entanto, a TSF anunciou que “a suspensão foi decidida pela administração no dia seguinte da reunião em que a direcção foi questionada sobre o tipo de promoção que o noticiário estava a ter”, que introduzia uma declaração de José Sócrates com a alusão ao "jornalismo travestido" feito neste noticiário e uma frase final em que se dizia que neste jornal não se mudam linhas editoriais.

"Só se fosse alguém muito estúpido [é que acabaria com o Jornal de Sexta]. Como sabe, o meu jornal faz grandes audiências, esta televisão é uma televisão comercial, vive de audiências e daquilo que elas geram", afirmou Moura Guedes.

Cenas quentes - 99º lugar

Betsy Rue em My Bloody Valentine 3–D (2009)



Não há vídeo disponível desta cena. Agradeço que alguém entre em contacto caso encontre.

15 de setembro de 2009

Conversa entre serpentes

Manfred de Vries afirma que “as pessoas têm de se sentir vivas no trabalho”

Antes de mais, quero fazer referência ao post Como manter o emprego em 5 passos?, de dia 31 de Julho, onde se podia ler o seguinte:

Ajuda

Os seus colegas poderão também ser os seus melhores amigos no emprego. Quando existem situações complicadas, pessoais, em família, principalmente em casos de saúde, ofereça apoio aos seus colegas. Ser indiferente é talvez o que todos os seus outros colegas fazem. E se todos fazem, ninguém faz. Seja diferente e humano, destaque-se pela positiva.

Mesmo que não sejam situações tão complicadas ou mais pessoais, às quais você também não deve querer parecer intrometido, pode ajudar de outras formas, principalmente no trabalho. Sempre que entender que pode e sabe como ajudar, ofereça ajuda.

Oiça desabafos e compreenda. Muitos dos problemas dos seus colegas são também os seus; se os entender de outra perspectiva, poderá achar mais facilmente uma resolução.

Tente contribuir mais para as tarefas quando sentir que pode constar na lista de demissões; deste modo espera-se que os seus superiores valorizem o trabalho por si realizado.

Contactar outras pessoas, e essas mesmas pessoas podem ser estes seus colegas, é também óptimo para aprimorar novas ideias, aguçar ainda mais o seu pensamento e modo de ver as coisas, e trará mais inovação.



O psicanalista, e doutor em economia pela Universidade de Amesterdão e também em administração pela Universidade Harvard, Manfred Kets de Vries, constitui uma teoria de que as nossas emoções devem ser compartilhadas com os colegas de trabalho. A sua frase “As pessoas têm que gostar umas das outras no ambiente de trabalho” diz tudo.

Isto vem reforçar aquilo que escrevi na outra mensagem, mas reforçado por um homem que já conta com 30 livros escritos relacionados com este tema.

É por estes motivos que sinto orgulho, e me sinto bem em escrever, por vezes. Ele, numa entrevista Época, em Abril, afirmou também que “o indivíduo não deve ser não deve ser apenas uma máquina de fazer tarefas, mas sim, deve ser estimulado emocionalmente a acreditar em si mesmo”.

Até os próprios líderes de empresas, conforme Vries, querem mais que o próprio salário, “querem que as pessoas acreditem que eles estão a fazer a diferença para a organização, e, nalguma medida, para o Mundo”.

O emprego é o local onde passamos muitas horas da nossa vida, por isso ele também idealizou que as pessoas devem “expressar emoções e sentir-se em casa”, para que haja harmonia durante as horas de trabalho, e seja um trabalho por gosto, não forçado, onde não nos apetece fazer nada.

Contudo, adverte-nos que “no contexto empresarial, você precisa ter um nível mínimo de compostura. O excesso nunca é bom. Mesmo os pontos fortes, quando são exagerados, representam uma fraqueza” e que “no geral, você trabalha com suas qualidades, mas também tem de estar atento a suas fraquezas”.

Concluiu também que “se quiser aproveitar aquilo que as pessoas têm de melhor, precisa de inspirá-las. As pessoas têm de se sentir vivas no trabalho”.

4Shared sofre invasão hacker

O site do jornal americano não foi o único... no dia anterior, o 4Shared, que para quem não sabe é um site para downloads, tal como o RapidShare e MegaUpload, foi também invadido por hackers.

Quem visitasse o site, era redireccionado para "www.abcjardins.com/Hacked/". Até agora, é desconhecido o grupo ou hacker responsável pelo sucedido, que permanece até agora em anonimato. Também é provável que o hacker seja o mesmo, visto que foram em datas muito aproximadas, com diferença de menos de 24 horas em relação ao ataque do NYTimes.

Um dos mais famosos sites do mundo dos uploaders, e consequentemente de downloads ilícitos, teve apenas um ataque ao seu domínio, que já foi resolvido.

Durante todo o processo, tanto users free como premium, poderiam acessá-lo através dos seguintes endereços:

Importância de saber colocar o preservativo (ou camisinha)

É apenas ficção espanhola ou mexicana ou argentina ou lá o que seja, mas poderia ser real.



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