Foi anunciada uma tecnologia que permite armazenar num único DVD os dados de 300, na Austrália, criada por uma equipa de investigadores da Universidade de Tecnologia de Swinburne.
A nova gravação de dados em suporte óptico é, segundo a mesma, um método a "cinco dimensões": um DVD standard de uma única camada armazena, em média, 4,7 GB; os investigadores australianos conseguiram gravar no mesmo suporte 1,6 TeraBytes (TB) de informação. Os investigadores acreditam que esta tecnologia tem condições para ser comercializada dentro de 10 anos.
Isto foi possível através de um processo que tira proveito das propriedades de partículas de ouro e da manipulação dos feixes laser, que poderá ser usado no futuro no desenvolvimento do primeiro DVD com capacidade de armazenamento de 10 TB, crêem os responsáveis.
O DVD inventado pela equipa australiana incorpora duas novas dimensões, uma baseada no espectro luminoso: a cor, outra baseada na polarização, uma espécie de alinhamento no mesmo plano dos raios de luz. Os DVDs e CDs utilizados actualmente dependem da luz laser para serem gravados e lidos. Microscópicos buracos e elevações na superfície do disco armazenam as informações ao reflectirem o laser de maneira diferente.
"Nós fomos capazes de mostrar como material nanoestruturado pode ser incorporado em um disco para aumentar a capacidade de armazenamento sem aumentar o tamanho físico do disco", declarou o líder da pesquisa, Min Gu.
"Nós pudemos gravar com grau zero de polarização. Em cima disso, gravamos outra camada de informação com 90 graus de polarização, sem que uma interfira na outra", afirmou James Chon.
O novo disco pode facilitar o armazenamento das pesadas imagens médicas feitas por ressonância magnética, ou dados financeiros, de segurança e militares. A maior disponibilidade de armazenamento também poderá facilitar a protecção dos dados pela criptografia.
Se os filamentos forem de prata em vez de ouro, o custo de produção poderia ser reduzido em cem vezes, diz o grupo.
